Alemão nascido em 1939, Meinrad Anton Fridrich Horn ou simplesmente Meinrad Horn, deixou um legado artístico original e raro: milhares de peças tendo a palha de milho seca como matéria prima principal. Um de seus trabalhos, por sinal o último, sobre o Contestado, foi registrado pelo repórter-fotográfico J. L. Cibils e encaminhado ao Fragmentos do tempo para publicação. Iniciado em 2002, o conjunto previa 20 módulos, mas apenas seis foram executados: a morte alcançou Meinrad no ano seguinte, 2003, dia 13 de março.
Sua chegada ao Brasil é cercada de aventura. Tendo deixado a Alemanha numa embarcação, acabou afundando na costa do Paraná, onde o náufrago se lembrou da existência de familiares em Rio Negro-PR. Corria o ano de 1974. Meinrad conheceu Doralice, com quem se casou dois anos depois - hoje ela reside com os filhos em Mafra-SC, onde mantém um ateliê.
Meinrad foi autor de um dos maiores presépios em palha de milho do mundo, a "Cidade de Belém", onde desfilam cerca de 1700 personagens num espaço de 50 m². Outro trabalho, "Passagens da vida de Cristo", apresenta 40 oratórios com 800 personagens. As duas obras se encontram em exposição permanente no Parque Ecoturístico Municipal Seminário Seráfico São Luis de Tolosa (Rio Negro-PR).
Aos poucos a trajetória e a obra de Meinrad se tornam mais conhecidas e valorizadas. Já existe "Vida e Obra de Meinrad Anton Fridrich Horn", de Sandro César Moreira (org), Alex Padilha de Oliveira, Beatriz Sommer, Charles Gonçalves da Silva e Marcel G. T. Gonçalves, ponto de partida para o levantamento do legado do artista. Na Alemanha, seu irmão Rupert Horn, realiza levantamentos junto a artesãos, consulta material escrito em arquivos particulares e públicos.
Meinrad foi autor de um dos maiores presépios em palha de milho do mundo, a "Cidade de Belém", onde desfilam cerca de 1700 personagens num espaço de 50 m². Outro trabalho, "Passagens da vida de Cristo", apresenta 40 oratórios com 800 personagens. As duas obras se encontram em exposição permanente no Parque Ecoturístico Municipal Seminário Seráfico São Luis de Tolosa (Rio Negro-PR).
Aos poucos a trajetória e a obra de Meinrad se tornam mais conhecidas e valorizadas. Já existe "Vida e Obra de Meinrad Anton Fridrich Horn", de Sandro César Moreira (org), Alex Padilha de Oliveira, Beatriz Sommer, Charles Gonçalves da Silva e Marcel G. T. Gonçalves, ponto de partida para o levantamento do legado do artista. Na Alemanha, seu irmão Rupert Horn, realiza levantamentos junto a artesãos, consulta material escrito em arquivos particulares e públicos.
MENSAGENS
“Celso!
[...] foi muito bom conhecer o seu blog, já deu para aprender muita coisa. Belo trabalho! Lembrei também da minha infância, início dos anos 70, quando meus pais se mudaram para Realeza-PR, uns 100 km a oeste de Clevelândia. A grande maioria das pessoas vinha do RS, mas tinha outras pessoas, como as das fotos do seu blog, que já estavam lá. Lembro que perguntava pro meu pai quem eles eram. A resposta era: ‘são caboclos do meio do mato’ e seguiam-se vários conselhos para não me aproximar daquele tipo de gente.
O próprio prefeito da cidade era um deles, seu nome: ‘João Maria Corrêa’. Ninguém sabia ao certo as suas 'origens' mas lembro que diziam que era ‘lá dos lados de Clevelândia’. Era acusado de vários crimes, grilagens, assassinatos e até um estupro. Nem lembrava mais destas histórias, mas você me fez ficar curioso a respeito das pessoas com as quais convivi dos 6 aos 13 anos.
Grande abraço e boas festas!
Edgar Garcia Filho”.
“Gigante Celso.
Magníficas fotos inundam-nos a alma e provocam desmoronamento no coração. P. Uniâo deslumbra. A casa do Marcondes testemunha a profecia, mas não sufoca a paixão oculta na Sec. de Cultura, alojada na estação férrea, cujo titular navega nas águas da própria imaginação a espera de um socorro... A travessia do Chopin é um deslumbre. A cabeça da mula imersa, com as orelhas retilíneas, parece negar a afirmação negativa de procurar chifre em cabeça de burro.... A bombacha, a figura, o chapéu e a bandeira, que ornam o guasca que a empunha na barranca do rio daria o mais autêntico postal do guerreiro ‘XIRU’ de ‘antanho’. Tio Juca seguramente rejuvenesceu a alma e restaurou as energias físicas ao se deparar com tão sugestivas fotos, o que vem provar que não é só o ADEODATO ressurreto que invoca os céus na TV e restaura vidas. Fotos também.
As do Parque do Contestado evidenciam beleza do teto, do cenário, e o caráter do gerenciador da obra em decomposição. O moribundo prefeito, cuja agonia cresceu com a cassação pelo TJ de SC do novo e terceiro anulado concurso público, teriam asseguradas aprovações por meio de uma corrupta empresa do PR, investigada a tempo pela nova gestão a iniciar-se em janeiro. Por hoje é só, o que já é muito. Um grande abraço ao amigo, D. Marga, e ao foco de luz resplandecedora da frenética e alucinada paixão cujas labaredas nem bombeiros nem enchentes do Iguaçu a debelam em P. União.” (Vicente Telles. Irani-SC, 6.12.2008)
CRONOGRAMA
Fragmentos do tempo
Ativo nas festas de fim de ano
Seqüência (prevista) de postagens
“Em relação a morte de Jose Fabricio das Neves, existe a publicação de Jose Waldomiro Silva, onde ele informa que conheceu o mesmo e que em janeiro de 1926 ocorreu uma cilada, onde foram assassinados o José Fabrício, juntamente com seu staff. A autoria é atribuída a Marcelino Ruas”.
Enorio Luiz Simon (Joaçaba – SC)
Levando em consideração essa nota, lembramos que a cada 48 horas é feita uma postagem sob o título geral “José Fabrício das Neves” (nº). Nos intervalos, postagem de textos e imagens correlatas ao assunto, como lugares, personagens e outros.
* A partir de amanhã, 19 de dezembro de 2008, vamos apresentar as versões de oficiais do Regimento de Segurança do Paraná (atual Polícia Militar), sobreviventes do Combate do Irani de 22 de outubro de 1912.
* Na seqüência teremos os detalhes do inquérito aberto em Palmas-PR no em 23 de outubro do mesmo ano e que deu origem ao Processo do Irani (Fórum de Palmas-PR, cópia cedida pelo professor da UFSC Paulo Pinheiro Machado).
* Serão destacadas a altivez, a nobreza e a dignidade de Thomaz Fabrício das Neves e seu tio Miguel Fabrício da Neves, os dois únicos presos devido ao Combate do Irani. Levados a Palmas-PR e mantidos na cadeia pública local, eram conduzidos “a ferros” ao fórum local para as audiências.
* Na medida do possível vamos trabalhar algumas conclusões desses instantes iniciais do movimento social do Contestado ou Guerra do Contestado, pouco conhecidos e estudados até o momento, mas que surgem ricos e diversificados. A religiosidade de São João Maria não será esquecida, ao contrário, pois se trata de um aspecto central da revolta.
* Teremos a trajetória de José Fabrício das Neves até 1925, ano em que foi emboscado, morto e degolado por Marcelino Ruas e outros da mesma família - e a nebulosa compra da Fazenda Velha, o pagamento de 40 contos de réis por sua cabeça. O personagem que está na origem da criação dos atuais municípios de Concórdia, Ipumirim, Arabutã e Itá, entre outros, se tornara um “coronel” de grande poder político e militar.
* A saga da esposa de José Fabrício das Neves, dona Crispina Maria Antunes, e seus, filhos, após sua morte. O êxodo para o Paraná, o medo e o esforço de esquecimento dos traumas do passado.
* Os Fabrício das Neves em Coronel Domingos Soares-PR – os descendentes de Fidêncio e de Thomaz Fabrício das Neves. O deslocamento dos caboclos combatentes do Contestado para o Sudoeste do Paraná e outras áreas. A trajetória dos Perão (Peron) também será destacada.
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